Arquivo do mês: outubro 2007

Desconstruindo o violão

Desconstrução 02, upload feito originalmente por Miguel Galves.

 

A380

O Airbus A380, maior avião do mundo, fez seu primeiro vôo inaugural ontem. Existe uma grande dúvida se esta aposta da (aviões gigantescos, carregando muita gente – aproximadamente 800 pessoas, em longas distâncias) dará certo. O fato é que atualmente apenas 12 aeroportos no mundo inteiro tem estrutura para receber este gigante. Enquanto isso a Boeing está apostando no B787 Dreamliner, menor, mais leve, mais econômico e com grande raio de ação.

Quem viver verá.

Enquanto isso, para os aficcionados por aviação, uma comparação gráfica entre alguns dos maiores aviões do mundo:planes.png

Dia de fúria

Raiva? Ódio? Vontade de destruir a baia ou a sala onde trabalha? Vontade de jogar o monitor pela janela?

imagem.jpg

Teste aqui (http://www.eyegas.com/cubiclefreakout/) a sua capacidade de destruição de ambientes corporativos.

Macarrão à Carbonara

Na séries “Aventuras culinárias de Miguel”, fiz na semana passada um macarrão à Carbonara que ficou muito bom. Para duas pessoas, usei os seguintes ingredientes:

  • 200 gramas de espagueti (pouco menos da metade de um pacote)
  • 2 ovos
  • 140 gramas de bacon em cubinhos
  • um pacote de queijo parmesão ralado
  • uma caixinha de creme de leite (200 ml)
  • pimenta do reino

Bati os ovos em um recipiente junto com boa parte do queijo (deixei um pouco pra colocar por cima depois) e a pimenta do reino, e deixei de lado. Fritei os cubos de bacon numa frigideira, até ficarem dourados. Para tirar um pouco da gordura, coloquei num prato coberto com papel absorvente, e coloquei de volta na frigideira misturando com o creme de leite. Deixei a mistura no fogo baixo por alguns minutos. Cozinhei o macarrão por 10 minutos, até ficar al dente, escorri, e joguei a massa dentro do recipiente contendo o ovo batido com queijo. Misturei bem, e depois joguei o creme de leite com bacon por cima. Servi com queijo ralado por cima.

Reedição: Eu acredito em Gnomos

[Este texto foi originalmente publicado no meu antigo blog no dia 23 de Outubro de 2006] 

Apesar de não ter aquele adesivo escrito “Eu acredito em Gnomos” colado no vidro do meu carro, devo dizer que acredito neles. Principalmente em dois.

Um deles é primo distante do Saci Pererê, e adora pegar fones de ouvido, cabos de rede e fontes de celular em geral e dar nós chatíssimos de serem desfeitos. Tem um que vive em permanência na mochila onde guardo meu laptop. Não importa o quão cuidadoso eu sou na hora de arrumar os cabos na mochila: durante a noite o desgraçado se diverte zoneando tudo.

O outro é pior, primo de primeiro grau do Exu, e afeta mais o meu dia a dia: é o gnomo verde que mora no computador. Ele tem uma característica bem interessante: a boa vontade dele é inversamente proporcional ao meu nível de stress e minha pressa/necessidade de obter algo do computador. Por exemplo: a impressora funciona durante 5 anos sem parar. Basta eu precisar dela pra imprimir um documento urgente em cima da hora, que algum pepino aparece: falta de tinta, cabeça ressecada, pau no driver….nunca falha. Esse gnomo tem outra característica importante: ele detesta gente pedante. Basta você falar “muito fácil instalar isso, já instalei zilhões de vezes no meu computador, se quiser instalo no seu…” Pronto: a coisa fácil não será instalada nunca, e com um pouco de sorte, algum erro de configuração irá deixar o computador do seu amigo inutilizável.

Por via das dúvidas, convém usar um raminho de arruda !

Reedição: Jaélson

[NDA: este texto foi originalmente publicado no meu antigo blog, no dia 6 de novembro de 2006]

A estrada estava bem tranqüila apesar do fato de ser a volta do feriadão. Na verdade, era esperado, já que estava fazendo o caminho inverso da maioria das pessoas (eu: capital-interior. maioria das pessoas: interior-capital). Já estava tarde, então parei no Frango Assado da estrada Bandeirantes pra tomar um café e espantar o sono. Aproveitei pra colocar alguns litros de gasolina, já que meu tanque estava quase vazio.

O frentista, antes de pegar o cartão, perguntou se eu podia dar carona pra ele. Ia para Jordanésia. Por um instante fiquei preocupado, porque vemos todos os dias histórias escabrosas na TV. Mas o cara tava saindo do trabalho, tinha crachá do posto….what the hell, resolvi dar crédito à humanidade. Mesmo porque, a carona seria curta.

Ele “Como tu chama ?”
Eu “Miguel”
Ele “Miguel era o nome do nosso antigo gerente, falecido”
Eu “…”
Ele “Morreu assassinado”
Eu “Assassinado ?? Como ?”
Ele “Discutiu com o dono de um bar, e o dono do bar matou ele”
Eu “…”
Ele “Meu nome é Jaélson. Não tem Jaílson ? O meu é com e. Jaélson”
Eu “…”
Ele “Tu vai muito pra Sampa ?”
Eu “De vez em quando, pra sair e ver amigos”
Ele “Só pra zoar né ? bom”
Ele “Pode parar aqui, vou a pé”
Eu “Ok. Bom descanso”
Ele “Quando der a gente vai pra Sampa pra zoar”

Brasilia

 

 

Semana passada fui à Brasilia pela primeira vez na minha vida. Nem a trabalho nem a turismo. Foi um motivo bem particular: fui assistir à cerimônia da Ordem do Mérito Científico, na qual meu pai recebeu a medalha de Grão Cruz das mãos do Presidente. Foi bastante emocionante. Gostei bastante de ter conhecido o Palácio do Planalto por dentro. É com certeza uma oportunidade rara.

E correndo o risco de parecer piegas, devo dizer que sempre tive curiosidade por saber como é o dia-a-dia das pessoas públicas e/ou que ocupam cargos de poder como presidentes, atores e músicos mundialmente famosos, etc, etc, etc. Gosto de conhecer os bastidores (deve ser por isso que eu gosto da série The West Wing…). Em Brasília, tive um pequeno gostinho de ver como funciona o cerimonial do palácio, as trocas de guarda.

 

 

Sobre segurança pública

O Luciano Huck foi assaltado. Levaram seu Rolex. Isso parece estar gerando um baita debate sobre segurança pública. Um investigador da polícia civil de São Paulo enviou a seguinte carta à Folha de S. Paulo:

Os policiais que estão na linha de frente do combate ao crime (todos os que não são delegados ou oficiais da PM), sabemos onde está o ‘rolex roubado’ do Luciano Huck –metáfora para o graal da segurança pública brasileira. Mas não vou trocar tiro com bandidos recebendo um salário base de R$ 568,29 ao mês (e agora sem o tícket alimentação de R$ 80,00 que nos foi retirado em agosto de 2007).Prefiro correr risco no bico para sustentar meus filhos. Se Huck não está feliz conosco, pode entrar para o movimento CANSEI e cobrar do governador Serra o motivo do PSDB ter tanta raiva da policia paulista e mantê-la na miséria há 14 anos. Eu queria fazer minha inscrição lá, mas será que aceitam um policial sem dinheiro?

568 reais. Não tem Segurança Pública que se sustente com um salário destes. E as pessoas ainda acham que a única solução é o Capitão Nascimento. O que será que vale mais, a longo prazo: um traficante morto ou um policial bem pago?

Tropa de Elite

Acabei de voltar do cinema. Fui ver Tropa de Elite, o filme brasileiro mais falado dos últimos tempos (mereceu capa nas maiores revistas do páis). O cinema estava lotado. Pra quem estava em dúvida sobre se o fato de uma versão ter vazado para a pirataria e sido amplamente distribuído por camelôs seria benigno ou não, acho que estamos pertos de ter uma resposta positiva.

O filme é extremamente violento, e de um realismo pesado em certos momentos. Quem for muito sensível deve pensar seriamente se quer realmente ver. É uma violência a la Quentin Tarantino. Mas nos filmes do Tarantino, como Pulp Fiction ou Kill Bill, a violência é estilizada, pouco verossímel. Neste caso, é a realidade do Rio de Janeiro.

Aliás, o Rio é retratado de uma forma muito pessimista. De um lado, o tráfico de drogas. Do outro, a PM corrupta, da cúpula ao soldado. A classe média (representados por “playboys” estudantes de Direito) é consumidora de maconha e por isso conivente com o sistema. O estado aparece nas figuras de alguns políticos, também implicados até o pescoço.

E tem o BOPE no meio disso tudo. O batalhão aparece como incorruptível, acima do sistema. E a sua receita para tentar resolver o problema é a violência extrema, a tortura.

E aí começa a polêmica. O filme endossa ou não o ponto de vista do BOPE? Pior: o filme teria uma visão fascista do mundo? Em entrevista à revista Carta Capital desta semana, o diretor José Padilha (que também fez o documentário sobre o sequestro do ônibus no Rio, que terminou com a morte do sequestrador sufocado pelos policiais) e o ator Wagner Moura (que faz o capitão Nascimento) juram que não (para  Wagner Moura, os fascistas são outros). Eu também tenho esta impressão. O filme tenta mostrar de forma muito crua qual a realidade da guerra entre polícia e tráfico nos morros.

Com certeza muita gente aplaude o Capitão Nascimento, e acha que este é o caminho correto, que violência se combate com violência. Eu não acho que seja a solução para qualquer coisa. A política do “Olho por olho, dente por dente” apenas serve como uma tentativa em vão de lavar a honra dos que morreram. A lógica é sempre a mesma: um fato comove a sociedade, o estado precisa dar uma resposta, a polícia sobe o morro e mata 10, a sociedade se sente vingada e volta tudo ao que era antes. 10 novos são aliciados pelo tráfico, e as verdadeiras causas não são combatidas.

No filme, não existe uma tentativa de vangloriar as ações dos membros do BOPE, criar heróis, e não existe eufemismo na forma como se retrata as torturas e os interrogatórios (talvez seja pior, mas acho que o filme atingiu o limite do suportável). Não existe mocinho e bandido.

Os fatos estão lá, para análise de cada um.

Pequenos prazeres da vida

A vida é feita de pequenos prazeres. A este respeito:

É inegável que o São Paulo tem o melhor time do Brasil no momento. Um time que quase não perde merece ser campeão brasileiro….

Dificilmente o São Paulo não será campeão….

O time do Corinthians está esfacelado. Culpa de uma diretoria incompetente, gananciosa, burra e criminosa que fez um trabalho constante de desmantelamento do elenco….

Assistir a jogos do Corinthians ultimamente é um ato de amor incondicional ao time. Não tem ataque, não tem meio de campo, não tem defesa. O único ponto positivo é o bom goleiro Felipe, que tem feito belas defesas….

Se o timão não for rebaixado, já é lucro.

MAS

Não aguento mais a imprensa puxa saco sãopaulina. Vide o caso do jogo contra o Flamengo, onde no intervalo (jogo 0 a 0, com o Flamengo tendo pressionado boa parte do primeiro tempo) vários comentaristas diziam que o São Paulo era assim mesmo, no segundo tempo dominava e ganhava.

Ver o São Paulo perder pros dois times com as maiores torcidas do Brasil na mesma semana, NÃO TEM PREÇO!!!!!  

Seria muito bom agora o Cruzeiro fazer sua parte e começar a ganhar alguns jogos, para se aproximar do líder, e começar a deixar o escrete do morumbi preocupado.